Adubo organomineral: qual a importância de conhecer a origem do produto?

O mercado de adubo organomineral vem crescendo gradativamente no Brasil. Em 2020, o mercado de fertilizantes especiais alcançou uma receita superior a R$10 bilhões, o que representa um crescimento de 41% em relação ao ano anterior. Os organominerais, especificamente, foram responsáveis por movimentar R$1,96 bilhão, uma alta de 80,5%.

Com o crescimento do mercado e a entrada de novas empresas na fabricação desses insumos, o produtor deve buscar aquele que oferece alta qualidade e o melhor custo-benefício. E se você está começando a pesquisar por esse tipo de adubo não se engane: organomineral não é tudo igual!

Neste artigo, vamos explicar o que influencia a qualidade dos produtos e o que você deve se atentar na hora da compra. Acompanhe!

O que é adubo organomineral?

Basicamente, o adubo organomineral é uma combinação entre fontes minerais com adição de matéria orgânica. Essa combinação visa o melhoramento do solo e de suas propriedades físicas, químicas e biológicas, criando as condições ideais para o pleno desenvolvimento das mais diferentes culturas.

Em comparação com o uso isolado de adubo mineral, o adubo organomineral oferece uma série de vantagens que contribuem para uma maior produtividade e lucratividade. Confira os principais benefícios:

  • Liberação gradual de nutrientes;
  • Redução de perdas nutricionais por lixiviação e outros processos;
  • Redução da necessidade de aplicação de adubos NPK;
  • Maior capacidade de absorção e retenção de água;
  • Maior desenvolvimento vegetativo das plantas;
  • Melhor desenvolvimento do sistema radicular;
  • Maior resistência das plantas à doenças, pragas e estresses ambientais;
  • Aumento da capacidade de troca catiônica (CTC);
  • Estímulo à atividade de microrganismos benéficos;
  • Maior produtividade das culturas;
  • Dentre outros.

Adubo organomineral não é tudo igual

Os fertilizantes organominerais devem seguir especificações exigidas pelo MAPA, sendo que para produtos sólidos são estabelecidos os seguintes parâmetros: mínimo de 8% de carbono orgânico, máximo de 30% de umidade, capacidade de troca de cátions (CTC) mínima de 80 mmolc kg-1 e no mínimo 10% de macronutrientes declarados para os produtos com macronutrientes primários.

Por mais que todos os organominerais devam seguir as normas acima, a qualidade dos produtos nem sempre é a mesma. Em muitos casos, fabricantes menos especializadas produzem, principalmente, os fertilizantes organominerais farelados, já que o processo de elaboração é mais simples. 

Por outro lado, os adubos organominerais granulados ou peletizados são fornecidos por empresas mais especializadas. Nesse caso, os fabricantes processam as fontes minerais e orgânicas de forma mais variada, o que permite trabalhar com fontes nitrogenadas que exigem maior nível de tecnologia nos processos de formulação.

Essas diferenças demonstram que a qualidade do adubo organomineral vai muito além de uma simples mistura de fontes minerais e orgânicas. É preciso entender que as inovações tecnológicas influenciam diretamente na qualidade do produto final. Aliás, muitas empresas se diferenciam pelo uso de tecnologia, sobretudo no que se refere à peletização.

Qualidade da matéria orgânica como diferencial

Além do uso da tecnologia, a qualidade da matéria orgânica faz toda a diferença no resultado final. Os fertilizantes organominerais podem ser produzidos a partir de matéria orgânica vegetal, animal ou proveniente da indústria alimentícia.

Para garantir a qualidade do produto, é de fundamental importância considerar as características da matriz orgânica utilizada no processo de fabricação. Isso porque alguns elementos podem reduzir a eficácia do adubo, como matéria orgânica compostada inadequadamente, com baixos teores de nutrientes, contaminações químicas e biológicas, como proliferação de microrganismos e plantas indesejáveis.

Por isso, os fabricantes devem priorizar fontes de matéria orgânica bioestabilizadas, com relação adequada de carbono e nitrogênio, presença de macro e micronutrientes, substâncias húmicas, aminoácidos e hormônios.

O papel da compostagem

A compostagem é uma técnica utilizada para transformar resíduos sólidos orgânicos em um produto orgânico pronto para ser adicionado com a fração mineral, originando os organominerais. 

É por isso que a compostagem exerce um papel primordial na qualidade da matéria orgânica. Podemos dizer que a qualidade do fertilizante organomineral está diretamente relacionada com a qualidade da compostagem. 

Dessa forma, o processo de compostagem deve seguir uma série de cuidados para garantir a qualidade do produto final. Alguns cuidados essenciais incluem:

  • Sistema de proteção do solo;
  • Análise laboratorial dos resíduos;
  • Tamanho adequado dos resíduos;
  • Umidade entre 40 e 60%;
  • Temperatura constante entre 40° e 60°C por um período de 90 a 120 dias.

Adubo organomineral de qualidade é na Terra de Cultivo

A Terra de Cultivo em parceria com a Terra de Cultivo Soluções Ambientais investe em pesquisa e desenvolvimento de técnicas de compostagem para o tratamento de resíduos orgânicos e não inertes descartados pela indústria alimentícia e agropecuária, transformando esses materiais em matéria-prima novamente.

Nossos organominerais são elaborados com matéria orgânica selecionada a partir de compostagem com alto padrão de controle e qualidade. Nossa parceira, Terra de Cultivo Soluções Ambientais, possui uma estrutura de alta tecnologia, com metodologias no sistema de tratamento que possibilitam a transformação do resíduo industrial em insumos de alto valor agronômico.
Saiba mais sobre a origem da matéria orgânica utilizada em nossos organominerais e conheça nossos produtos.

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