O tomateiro é considerado uma das hortaliças mais exigentes em nutrientes. Devido a essa grande necessidade nutricional, o adubo para tomate faz toda a diferença na obtenção de uma colheita saudável e lucrativa.
Segundo o IBGE, em 2019 (dado mais recente), o Brasil produziu cerca de 4 milhões de toneladas de tomate, com um rendimento médio de 71,8 toneladas por hectare. Com uma produção que coloca nosso país como o 9º maior produtor mundial de tomate, é preciso buscar alternativas para se destacar no mercado.
As principais características que as grandes redes de hortifruti, a indústria alimentícia e os clientes finais observam são frutos padronizados, sem defeitos, com boa coloração, firmeza de casca, sabor, durabilidade e que ofereçam segurança alimentar.
Com a adubação correta é possível garantir essas particularidades em sua colheita. Continue a leitura e saiba mais!
Necessidades nutricionais do tomateiro
Por possuir uma grande exigência nutricional, a cultura do tomate é citado por muitos autores como uma das que melhor responde a doses elevadas de adubos. A disponibilidade dos três nutrientes primários – Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K) – são essenciais para o resultado final.
O nitrogênio é um dos nutrientes mais exigidos, sendo que o cultivo remove em torno de 2,2 a 2,4 kg de N para cada tonelada de frutos produzidos. Nesse sentido, doses de 250 kg/ha ou acima desse valor são necessárias para atingir uma produtividade média de 100 t/ha.
O potássio também possui uma exigência alta, sendo que, normalmente, é utilizado mais de 300 kg/ha. Os altos níveis desse nutriente disponibilizados para a lavoura é um fator essencial para obter altas produtividades. Por fim, o fósforo cumpre um importante papel no crescimento inicial e desenvolvimento radicular para o estabelecimento das mudas.
Além desses três nutrientes, o cálcio e o enxofre possuem funções essenciais na cultura do tomate. O primeiro é exigido, sobretudo, para crescimento do dossel e desenvolvimento radicular. Já o segundo é importante para a produtividade de maneira geral, devendo ser fornecido durante toda a safra.
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Afinal, qual o melhor adubo para tomate?
Basicamente, o adubo para tomate é encontrado de três formas: mineral, orgânico e organomineral. Cada tipo de adubo apresenta suas vantagens e particularidades, mas a produtividade final pode variar consideravelmente de acordo com o adubo utilizado. Abaixo, apresentamos as principais características de cada um deles.
Adubo mineral
O adubo mineral tem a única função de fornecer nutrientes para a cultura, sendo absorvido de maneira praticamente imediata pelas plantas. Dependendo da concentração, esses adubos podem ser mais ou menos nitrogenados, fosfatados ou potássicos.
Como fica limitado, basicamente, ao fornecimento de nutrientes, é necessário reaplicar o produto mais vezes ao longo da safra. Aqui, é preciso ter uma atenção especial, já que o excesso de adubo mineral pode provocar a salinização do solo.
Adubo orgânico
O adubo orgânico é constituído de resíduos de origem animal e vegetal. Esse tipo de insumo promove a rápida multiplicação da microflora do solo, ou seja, trata-se de um enriquecimento do solo para permitir o desenvolvimento adequado das plantas.
O adubo orgânico não é imediatamente assimilável pela planta, uma vez que precisa ser transformado em íons minerais pelas bactérias do solo. Por outro lado, possibilita a reciclagem dos nutrientes, impedindo que os resíduos presentes em sua composição fiquem no ambiente sem uma utilização adequada.
Adubo organomineral
O adubo organomineral é uma mistura de compostos orgânicos com a complementação de fontes minerais. Como estamos falando de uma cultura de grande exigência nutricional, esses insumos são excelentes opções para garantir a disponibilidade adequada de nutrientes.
A matéria orgânica presente nos adubos organominerais, em conjunto com os nutrientes minerais, facilita a absorção dos mesmos. Isso permite que as plantas absorvam as quantidades ideais em cada estágio de desenvolvimento. Vale ressaltar que a manutenção do suprimento de nutrientes é indispensável para alcançar altas produtividades e frutos de boa qualidade.
Além disso, em comparação com o adubo mineral, as perdas de nutrientes por lixiviação e outros processos naturais são consideravelmente menores. Ou seja, o aproveitamento de nutrientes é muito mais otimizado, o que permite reduzir custos de produção.
Pesquisa comprova a eficácia dos organominerais
A pesquisa “Produtividade do tomate industrial submetido a adubação organomineral em cobertura” comprovou que o organomineral utilizado como adubo para tomate produz resultados superiores se comparado ao uso isolado do adubo mineral.
Em relação ao número de frutos comercializáveis e peso de fruto, o tratamento com a adubação organomineral foi o que apresentou os melhores resultados. O aumento foi de 65,21%, enquanto o mineral obteve aumento de 54,30%. Já o peso médio do fruto é de 133,00 g e 94,91 g, respectivamente.
A produtividade também surpreende: quando comparados ao adubo mineral, o desempenho produtivo do adubo organomineral na cultura do tomate é 65,42% superior.
Os dados mostram que a adubação organomineral em cobertura no tomateiro industrial favorece atributos que podem aumentar a produtividade e reduzir a utilização de nutrientes minerais. Com isso, é possível concluir que o melhor adubo para tomate é o organomineral.
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