Solo fértil: como os organominerais podem promover a fertilidade construída?

Solo fértil: como os organominerais podem promover a fertilidade construída?

A obtenção de um solo fértil é uma etapa fundamental para alcançar lavouras produtivas e com alta rentabilidade. A fertilidade construída vai ao encontro desses objetivos, ao permitir que o solo apresente características físicas, químicas e biológicas muito mais favoráveis ao desenvolvimento do máximo potencial produtivo das culturas.

O processo de fertilidade construída é a melhoria da qualidade do solo a longo prazo, promovido através do aumento da matéria orgânica e do perfil de nutrientes do solo, além de favorecer o ambiente microbiano. Tal processo aumenta a produtividade das culturas, com potencial para reduzir a erosão do solo, melhorando a infiltração de água e, consequentemente, a retenção hídrica no solo. 

A fertilidade construída é uma abordagem sustentável na produção de alimentos, visando reduzir a dependência de insumos externos, como a utilização de fertilizantes químicos e outros defensivos, preservando a saúde do solo e do ambiente de modo geral. Demanda tempo e requer adoção de práticas agrícolas que promovem a conservação do solo e a reciclagem dos nutrientes. 

Além de favorecer altas produtividades, a fertilidade construída também permite maior economia para o produtor. Em muitos casos, os fertilizantes representam mais de 30% do custo de produção. Ao contar com um solo fértil, é possível otimizar os investimentos em adubação a cada safra, conforme as flutuações na fertilidade do solo.

O que são solos com fertilidade construída?

As áreas com solos de fertilidade construída distinguem-se das demais pelo seu histórico de manejo, em que aplicações sucessivas de corretivos e fertilizantes possibilitaram efeitos residuais cumulativos que acabaram por elevar certos atributos químicos da fertilidade, tornando o solo fértil por períodos prolongados.

Os solos com fertilidade construída são aqueles que tiveram sua fertilidade melhorada artificialmente para melhorar suas características de produtividade. Estes solos são alcançados através da adição de nutrientes e compostos orgânicos, ou da remoção de materiais indesejáveis. O objetivo é aumentar a qualidade dos solos para torná-los mais produtivos. 

Como exemplo, podemos citar os teores de fósforo (P), potássio (K), zinco (Zn) e bases trocáveis para níveis interpretados como altos ou mesmo muito altos. Nesses solos, os componentes que atuam como “dreno de nutrientes” passam a se expressar como uma grande fonte de nutrientes, aumentando a disponibilidade para as plantas.

Como resultado, os nutrientes adicionados via adubação permanecem passíveis de aproveitamento imediato pelas culturas, diminuindo a chance de respostas a incrementos nas doses de fertilizantes. A redução da perda de nutrientes por erosão, lixiviação ou volatilização é outra característica dos solos com fertilidade construída. 

A lixiviação dos nutrientes no solo trata-se do processo onde os nutrientes solúveis são deslocados através da água da superfície do solo para as camadas inferiores do mesmo. É uma forma comum de perda de nutrientes. Quando ocorre nos sistemas produtivos, dissolvendo os nutrientes e direcionando para as camadas mais inferiores, eles tornam-se inacessíveis, promovendo um desequilíbrio nutricional. 

Já a volatilização dos nutrientes ocorre quando os mesmos são transformados em formas voláteis (como o dióxido de carbono e outros gases), sendo, portanto, perdidos no ambiente. Os nutrientes voláteis são substâncias químicas presentes no solo, como nitrogênio e fósforo, que podem ser facilmente removidos da superfície através da ação dos ventos, das altas temperaturas e das chuvas. 

Quando não ocorre a reposição dos nutrientes, o solo acaba tornando-se desequilibrado e menos produtivo. 

A volatilização tem sido identificada como um dos principais fatores responsáveis pela perda de nutrientes no solo. 

De maneira geral, o solo de fertilidade construída passa a atuar como um reservatório de nutrientes para o plantio de novas culturas. A capacidade de armazenamento dos nutrientes varia de acordo com os constituintes do solo, como quantidade e tipo de argila, teor de matéria orgânica, além das técnicas de manejo adotadas.

Práticas para obter solos com fertilidade construída

A obtenção do solo fértil por meio da fertilidade construída está associado a algumas práticas benéficas, como o manejo mais elaborado do sistema de produção, envolvendo plantio direto e uso de plantas de cobertura, aumentando a presença de matéria orgânica no solo, um fator que também contribui para a fertilidade construída..

Como o conceito de construção da fertilidade diz respeito, sobretudo, à adequação das condições químicas de solos inicialmente ácidos e pobres em nutrientes, as práticas de calagem, gessagem e adubações corretivas macro e micronutrientes, realizadas de uma única vez, na abertura de área, ou gradualmente, ao longo dos primeiros cultivos, também são necessárias para alcançar níveis satisfatórios dos atributos químicos.

Em conjunto, essas técnicas visam alcançar alguns objetivos, como:

  • controle de problemas relacionados à acidez do solo na camada superficial e em subsuperfície;
  • fornecimento de cálcio (Ca) e magnésio (Mg) que, além de nutrientes, são importantes para compor quantidades satisfatórias de bases trocáveis no solo; 
  • elevação dos teores de P, K e micronutrientes a valores acima dos níveis críticos para o desenvolvimento das culturas; 
  • conservação do teor de matéria orgânica para preservação da CTC do solo, retenção de água, manutenção da atividade microbiana e contribuição no suprimento de N, entre outras funções. 

Como os organominerais podem contribuir para a fertilidade construída?

Como vimos, a adubação é uma das práticas essenciais para alcançar solos com fertilidade construída. Por isso, é necessário utilizar produtos que realmente possam cumprir a função de correção do solo e, assim, contribuir para tornar o solo fértil para os próximos plantios.

Os fertilizantes organominerais são insumos compostos por matéria orgânica selecionada e uma fração mineral. Essa combinação oferece uma série de benefícios que atuam diretamente na construção da fertilidade do solo. Conheça os principais!

Maior disponibilidade de nutrientes

A presença de matéria orgânica é um fator de grande importância para a disponibilidade de nutrientes. À medida que a matéria orgânica é decomposta, os nutrientes são convertidos em formas que as plantas podem absorver diretamente. Como fornecem nutrientes em maior quantidade, também é possível aumentar a reserva dos mesmos no solo, contribuindo para a fertilidade construída.

Redução da perda de nutrientes

Os organominerais possuem maior capacidade de fixação de nutrientes, graças à matéria orgânica que atua como condicionante da fração mineral que entra em sua composição, aumentando o poder quelante dos mesmos. Assim, os organominerais retêm os nutrientes com maior eficácia e evitam a perda de nutrientes pelos processos de lixiviação e volatilização.

Melhoria da estrutura e aeração do solo

A matéria orgânica faz com que as partículas do solo se liguem e formem agregados estáveis ​​do solo, o que melhora a estrutura do solo. Com uma melhor estrutura do solo, a infiltração de água através do solo aumenta e melhora a capacidade do solo de absorver e reter a água, bem como reduz o potencial de formação de crostas na superfície do solo.

Controle do pH do solo

A matéria orgânica também permite melhorar a estabilidade e resistência do pH do solo, ou seja, aumenta o “poder tampão”, contribuindo para que o solo mantenha o pH equilibrado. Assim, é possível evitar a possibilidade de alterações bruscas e necessidades de grandes correções para os próximos plantios.Quer saber mais sobre os benefícios dos organominerais? Conheça nossos produtos e descubra todo o poder dos organominerais para sua lavoura!

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